domingo, 23 de junho de 2013

TRATAMENTO PARA A ESTEATOSE-HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA

   


            Como a maioria dos pacientes diagnosticados com esteatose são obesos e sabemos que a obesidade está diretamente envolvida com a fisiopatologia da doença hepática gordurosa não alcoólica, é  recomendável é mudar a dieta para uma dieta hipocalórica e  hipolipidica,com redução da ingestão de gorduras, dando preferência à ingestão de gorduras mono e poliinsaturadas, visando reduzir ao máximo o consumo de gorduras saturadas e de gordura trans. Além disso, deve-se estimular  a prática de exercícios físicos diariamente. Com essas mudanças de hábito de vida já conseguimos obter uma redução ponderal importante e grande melhora na resistência à insulina, nos índices glicêmicos e no perfil lipídico, com consequente redução do depósito e melhora na oxidação e na exportação de gordura pelo fígado.  Deve-se destacar que a redução de peso deve ser calculada para algo menor que um kilo de perda de peso corporal por semana, uma vez que o rápido emagrecimento, por aumentar a chegada de ácidos graxos livres no fígado, vindos da lipólise periférica em grande quantidade também pode agravar a esteatose. Desta maneira, deve-se fazer um programa de perda de peso com associação de dieta, atividade física, e até tratamento medicamentoso para obesidade se necessário (com uso de inibidores de apetite como a sibutramina, por exemplo, se houver indicação médica), visando uma perda de peso de aproximadamente 0,5 kg/semana.

           Para casos de obesidade extrema (IMC > 40 ou IMC > 35 com complicações associadas à obesidade), uma alternativa mais agressiva de tratamento seria a realização de uma cirurgia bariátrica, uma vez que a perda ponderal proporcionada por este tipo de cirurgia geralmente causa grande melhora ou até completa resolução dos quadros de doença hepática gordurosa não alcoólica. Deve-se estar atento, no entanto, para a possibilidade de piora inicial do quadro, haja vista que na grande maioria das vezes ocorre perda ponderal > 1 kg/semana nas primeiras semanas de pós-operatório. Com a desaceleração posterior do emagrecimento, a esteatose hepática costuma então estabilizar, e depois começa finalmente a apresentar grande melhora.  
             Também é possível fazer um tratamento medicamentoso junto ao paciente.

                                                                                                                    

 Referências bibliográficas:

                                                                                Post por Mayra Bespalhok
                                                                                                          

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