Como a
maioria dos pacientes diagnosticados com esteatose são obesos e sabemos que a
obesidade está diretamente envolvida com a fisiopatologia da doença hepática
gordurosa não alcoólica, é recomendável
é mudar a dieta para uma dieta hipocalórica e hipolipidica,com redução da ingestão de
gorduras, dando preferência à ingestão de gorduras mono e poliinsaturadas,
visando reduzir ao máximo o consumo de gorduras saturadas e de gordura trans.
Além disso, deve-se estimular a prática
de exercícios físicos diariamente. Com essas mudanças de hábito de vida já conseguimos
obter uma redução ponderal importante e grande melhora na resistência à
insulina, nos índices glicêmicos e no perfil lipídico, com consequente redução
do depósito e melhora na oxidação e na exportação de gordura pelo fígado. Deve-se destacar que a redução de peso deve
ser calculada para algo menor que um kilo de perda de peso corporal por semana,
uma vez que o rápido emagrecimento, por aumentar a chegada de ácidos graxos
livres no fígado, vindos da lipólise periférica em grande quantidade também
pode agravar a esteatose. Desta maneira, deve-se fazer um programa de perda de
peso com associação de dieta, atividade física, e até tratamento medicamentoso
para obesidade se necessário (com uso de inibidores de apetite como a
sibutramina, por exemplo, se houver indicação médica), visando uma perda de
peso de aproximadamente 0,5 kg/semana.
Para casos de
obesidade extrema (IMC > 40 ou IMC > 35 com complicações associadas à
obesidade), uma alternativa mais agressiva de tratamento seria a realização de
uma cirurgia bariátrica, uma vez que a perda ponderal proporcionada por este
tipo de cirurgia geralmente causa grande melhora ou até completa resolução dos
quadros de doença hepática gordurosa não alcoólica. Deve-se estar atento, no
entanto, para a possibilidade de piora inicial do quadro, haja vista que na
grande maioria das vezes ocorre perda ponderal > 1 kg/semana nas primeiras
semanas de pós-operatório. Com a desaceleração posterior do emagrecimento, a
esteatose hepática costuma então estabilizar, e depois começa finalmente a
apresentar grande melhora.
Também é possível fazer um tratamento medicamentoso junto ao paciente.
Referências bibliográficas:
Post por Mayra Bespalhok
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