segunda-feira, 13 de maio de 2013

UMA VISÃO GERAL DA ESTEATOSE.



As mudanças socioeconômicas, culturais e tecnológicas alteraram os hábitos ao longo do tempo. Podemos observar que nossos antepassados possuíam um estilo de vida muito mais saudável em relação à alimentação que o atual, e a prática de exercícios físicos era diária e contínua.
As estimativas atuais sugerem que os maus hábitos da sociedade, como uma dieta hipercalórica e de baixa qualidade nutricional e a presença do sedentarismo, contribuem para que o organismo desenvolva uma série de patologias que atualmente estão sendo estudadas, entre elas está a Doença hepática gordurosa não alcoólica(das quais fazem parte a esteatose hepática, a esteato-hepatite e a cirrose hepática).
A esteatose hepática é caracterizada por um acúmulo superior a 5 % de gordura no fígado, Estudos epidemiológicos mostram que até 30% da população mundial é portadora de esteatose hepática, sendo que entre os obesos esta prevalência aumenta para até 70% chegando à alarmante prevalência de praticamente 100% quando se fala em obesos mórbidos diabéticos.
Para o diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcoólica, deve-se fazer uma avaliação completa do paciente com anamnese, exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem. Na anamnese (diálogo entre paciente e médico para averiguar os fatores de risco), pergunta-se ao paciente a respeito dos hábitos alimentares, estilo de vida, presença de vícios como o fumo e o alcoolismo, apneia do sono e histórico familiar. Ao exame físico, deve-se atentar à presença de alguns sinais suspeitos como hepatomegalia, dor em hipocôndrio direito e a presença de acantose nigricans (presença de tecido aveludado e escurecido na região cervical e regiões de dobras como as axilas, sugestivo de resistência insulínica). Os exames laboratoriais podem demonstrar aumento (enzimas hepáticas como TGP, TGO bilirrubinas, GGT e fosfatase alcalina) nos casos em que o paciente já tiver evoluído para um quadro de esteato-hepatite, além de poderem verificar com mais precisão o diagnóstico de resistência a insulina. Em alguns casos, exames mais sofisticados como ultrassom de abdômen, tomografia ou ressonância podem ser necessárias para um diagnóstico mais certo e preciso.
Em metade dos casos diagnosticados com a doença, ela se apresenta de forma assintomática. Na parcela de pacientes em que ocorre alguma sintomatologia clínica, geralmente os sintomas são inespecíficos e sutis (geralmente cursando apenas com um quadro de mal estar geral, desconforto abdominal, dor em hipocôndrio direito, náuseas, dispepsia, fadiga).
O tratamento da doença deve ser feito readequando os hábitos e o estilo de vida. Alterar a alimentação para uma dieta hipolipídica (redução da ingestão de gorduras, principalmente as saturadas e trans), perder peso corporal, diminuir o percentual de gordura e evitar medicamentos que prejudiquem o fígado são mudanças imprescindíveis. Em alguns casos mais graves há necessidade do uso de medicamentos como o metformina, que sensibiliza a insulina pelo fígado combatendo a resistência da mesma. Outros medicamentos com eficácia comprovada cientificamente que podem ser também utilizados para tratamento desta condição são as glitazonas, N-acetilcesteína e orlistat.
Após o diagnóstico tardio da doença e sem os devidos tratamentos, 30% dos pacientes podem desenvolver a esteato-hepatite (inflamação do fígado). Desses, 10% podem desenvolver cirrose hepática, podendo evoluir para um câncer de fígado em 2% dos casos.


                  Fiquem atentos!!!!!!! Post Mayra Bespalhok.

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