Um dos grandes causadores da esteatose
hepática não alcoolica é a dieta a ser seguida pela pessoa que apresenta a
doença, dieta essa que na maioria das vezes é desregrada e não balanceada, além
de não ter sido orientada por um profissional da área da nutrição, o que gera
uma má alimentação.
O acúmulo de gordura nos hepatócitos do
fígado pode acontecer devido ao aumento da oferta de lipídeos pela dieta
praticada pelo paciente, o que compromete tais hepatócitos e esses nutrientes
acaba não sendo metabolizados e levados ao tecido adiposo. Esse acúmulo de
gordura também pode ser gerado pela deficiência nas lipoproteínas, as chamadas
VLDLs, responsáveis pela exportação dos lipídeos ao tecido adiposo.
Por estar muitas vezes associada à essa dieta
rica em lipídeos, uma das melhores formas de tratar a esteatose é mudando os
hábitos alimentares, ou seja, seguindo uma dieta específica prescrita por um
profissional da área, um nutricionista.
A dieta para um paciente diagnosticado com
esteatose deve ser hipolipídica e com exclusão de bebidas alcoólicas. Essa
dieta pode ser mais restritiva dependendo do paciente, como por exemplo, se ele
for hipertenso, diabético, tiver com ácido úrico alto ou tiver com algum
outro problema de saúde.
Nessa dieta, recomenda-se que a quantidade de lipídeos seja de cerca de 25% com relação ao valor calórico total da dieta,
podendo manter os valores normais para proteínas e carboidratos, e em alguns
casos diminuindo também os carboidratos para que haja uma redução nas taxas de
gordura corporal do paciente. Preferencialmente os carboidratos devem ser de
origem integral devido à grande presença de fibras solúveis nesses alimentos;
essas fibras realizam uma função de grande importância na esteatose hepática,
pois elas se complexam com a glicose e com os lipídeos presentes no bolo
alimentar e dificulta a absorção destes, gerando então uma diminuição de seus
níveis séricos. Leites e derivados devem ser sempre com teor de gordura
baixos, desnatados sempre que possível. É de grande importância evitar doces e
alimentos açucarados, já que o excesso de glicose acarreta aumento dos níveis
de triglicerídeos no sangue. É recomendado que se dê preferência à alimentos de
menor índice glicêmico, pois os de maior índice promovem um pico de
hiperglicemia, fator que desencadeia na formação de triglicerídeos, o que deve
ser evitado. As gorduras mono e poli-insaturadas podem ser recomendadas pois
influenciam no perfil lipídico sérico, pois aumentam o HDL, porém tais
ácidos graxos devem ser manejados com cuidados, pois estão presentes em
alimentos de valor calórico alto, como nozes e castanhas.
Dessa forma, uma das melhores alternativas
para um paciente com esteatose hepática é uma boa e regrada dieta, pois pode
controlar totalmente a doença ou ameniza-la, dependendo do estágio em que ela
se encontra na pessoa.
Referências:
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